Review da cerveja Remorso da Krug Bier

Hoje, venho trazer pra você o review da cerveja Remorso, uma boa russian imperial stout da Krug Bier, forte, escura e bem carbonatada. O texto não é de nossa autoria, mas do LichKing, e, por isso, foge um pouco do nosso esquema aqui. Eu adaptei alguma coisa ou outra e, se possível, vamos mandar um vídeo dela no nosso canal também.


Como eu estava de bobeira neste domingo de manhã e, sendo um bom alcoólatra, resolvi experimentar alguma cerveja nova. Como ia beber só uma garrafa, escolhi uma da mesma linha da Inocência, uma excelente nacional que eu fiz o review também.

Desta vez, peguei a Remorso, uma russian imperial stout forte, escura e muito carbonatada, de 9% de graduação alcoólica e que, segundo o rótulo, harmoniza com carnes assadas, queijo grana padano e petit gateau. A temperatura ideal é de 7 graus e tem amargor IBU 54, também segundo eles. Ou seja, fica cerca de 10 pontos a mais que as pilsens mais amargas, mas também nada absurdo.

Abaixo, segue minhas curtas considerações sobre cor, sabor, corpo

  • Tem uma cor bastante escura e fosca, como se fosse um café muito concentrado, só que com gás;
  • O aroma é bem suave. Não sei se é porque meu nariz estava ruim no dia, mas quase nem senti cheiro direito além de um vago aroma que remete ao próprio sabor da breja;
  • A Remorso tem um suave sabor de café, o que combina com a sua aparência. É meio doce no inicio, mas nada num nível de uma bock, apesar de ambas serem cervejas de cor preta. Ela deixa a boca levemente amarga depois dos goles;
  • A cerveja balanceia o seu amargor de modo a descer bem suave, mas sem perder corpo. Tem muita espuma, mesmo bem gelada. Tem que servir com cuidado pra não virar sorvete.

No geral, a Remorso vale a pena pra quem procura este tipo de cerveja. Achei a Inocência ainda melhor, mas pra variar, foi uma boa compra. O preço é alto, mas ainda estava na media para brejas deste tipo quando tomei pela última vez.

Atenção: Esta resenha está sujeita a ficar desatualizada com o tempo, pois nada impede que a qualidade do estabelecimento, produto ou serviço se altere eventualmente. Fique atento à data da publicação e sinta-se livre para complementar ou corrigir o texto nos comentários. O Bolonha agradece desde já!

Review da cerveja 1795

Fizemos o review da 1795, uma lager que é produzida na cidade de Budweis, uma região da República Tcheca que é referência mundial e origem deste tipo de cerveja há mais de 700 anos. A 1795 é fabricada pela První Budějovický Pivovar Samson (algo como Budweiser Citizens Brewery), a mais antiga cervejaria da região, que produz e prepara seu próprio malte e utiliza o famoso lúpulo de Saaz e água de fonte própria retirada de mais de 270 metros abaixo da terra.

Aliás, o assunto do Bolonha Birita 5 foi justamente a 1795, esta interessante lager checa:

A 1795 é uma das biritas importadas que eu, o Facínora, conheci primeiro e mais recomendo para quem quer uma lager de qualidade e não está acostumado com alguma cerveja de alta fermentação, que costumam ser mais encorpadas.

Podemos apresentar a 1795 brevemente como uma refrescante lager com teor alcoólico de 4.7%, de coloração dourada e apresentando aromas doces, de pão ou biscoito combinados com o lúpulo, mas fizemos também uma análise mais minuciosa sobre a breja:

  1. Cor: Dourada, clara e limpa. Tem colarinho pequeno com baixa retenção, sumindo rapidamente.
  2. Aroma: Combina um pálido aroma de malte meio adocicado ou floral como baunilha ou biscoito e lúpulo herbal, o tal Saaz. Diria que o malte também tem aroma que lembra alguns tipos de pães.
  3. O sabor da 1795 de acordo com o seu aroma. Um malte adocicado com lúpulo herbal. Tem um amargor moderado mas persistente de lúpulo que combina com o corpo leve de uma lager e breves sinais de minerais metálicos.
  4. Na boca, ela deixa o seu amargor e o sabor de biscoito (ou pão) por um bom tempo. A carbonação é moderada ou leve, dependendo do que você está acostumado e é uma cerveja leve e refrescante, mas caso você esteja acostumado com apenas as carniças populares brasileiras de sempre (Brahma, Itaipava, Budweiser), pode ser que a considere pesada.
  5. Conclusão: Muito apreciável. Uma excelente lager, mas pode ser fraca para quem gosta de cervejas de alta fermentação, embora mesmo assim não possa ser considerada ruim. É uma cerveja muito popular e produzida em massa na República Checa. Imagina se fosse barata aqui também?

Harmonização

Não entendo muito de harmonização, mas fiz uma breve pesquisa e, segundo consta, a 1795 é ideal para acompanhar pratos condimentados advindos de culinárias tipo tailandesa, indiana ou chinesa. Também pode ser apreciada com peixes e saladas. Vou experimentar com comida mexicana e encher com a nossa pimenta Beijo Grego, mas, na real, dá pra beber em qualquer ocasião, até com churrasco ou pipoca, sei lá.

Atenção: Esta resenha está sujeita a ficar desatualizada com o tempo, pois nada impede que a qualidade do estabelecimento, produto ou serviço se altere eventualmente. Fique atento à data da publicação e sinta-se livre para complementar ou corrigir o texto nos comentários. O Bolonha agradece desde já!

Resenha da Tripel Karmeliet [Bolonha Birita 4]

A cerveja Tripel Karmeliet é uma tripel (como você poderia imaginar) belga produzida pela cervejaria Brouwerij Bosteels, formulada com 3 grãos – cevada, trigo e aveia – e lúpulo Styrian (da Estíria). Contém 8,4% de graduação alcoólica.

Esta excelente e interessantíssima cerveja foi o assunto do nosso Bolonha Birita 4, que não ficou com a melhor das imagens (foi gravado aos trancos e barrancos), mas ficou até bem informativo:

A Karmeliet foi feita pela primeira vez em 1996. Entretanto, a premiada cerveja usa uma receita autêntica de 1679, obtida de um antigo convento Carmelita em Dendermonde, um município belga. Isso explica o interessante rótulo medieval que a garrafa apresenta.

O nome Tripel Karmeliet, então, se refere tanto a origem quanto à sua fermentação na garrafa. Depois de muitas tentativas para fermentar uma cerveja com vários grãos diferentes, nos anos 90, a Brouwerij Bosteels percebeu que a histórica combinação dos três tipos, a cevada, o trigo e a aveia, continua a mais adequada.

Curiosidade

Segundo consta, a Beata Ana de São Bartolomeu, enfermeira e secretária de Santa Teresa de Ávila, fundou o Carmelo na Bélgica no ano de 1612. Santa Tereza de Ávila é, por sua vez, Doutora da Igreja e co-fundadora da Ordem dos Carmelitas Descalços (juntamente com São João da Cruz).

Visto que, segundo o site oficial da cervejaria, a receita é de 1679, seriam as freirinhas do rótulo da Tripel Karmeliet carmelitas descalças de algum convento fundado por alguém que não apenas conviveu com uma importante santa da Igreja Católica mas pode vir a tornar uma?

Não encontramos mais nenhuma informação sobre qual convento a receita desta cerveja teria se originado. Se encontrarmos algo, atualizaremos aqui.

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Beata Ana de São Bartolomeu. Será que um dos maravilhosos frutos do seu apostolado na Bélgica, no séc XVII, foi a receita desta deliciosa cerveja?

A Tripel Karmeliet se apresenta com as seguintes características:

  1. Cor: Coloração meio dourada ou meio meio bronze, com colarinho cremoso. Isso é devido parcialmente por causa dos cereais mas também pelo uso limitado do lúpulo Styrian, de abundância em ervas e da cevada usada.
  2. Cheiro: Aroma frutado e cítrico que lembra casca de laranja ou tangerina e bastante gengibre. Lembra um pouco bala de caramelo também.
  3. Sabor: Um forte sabor adocicado do malte do trigo, lembrando pão doce. É também condimentado e frutado, lembrando algo como limão, banana, laranja e manga. O trigo garante que a cerveja seja leve e refrescante, mas a aveia promove cremosidade.
  4. Medianamente encorpada, ou de média densidade, com uma boa carbonação e um pouco do calor do álcool. É suavemente cremosa também.
  5. Conclusão: É uma cerveja bem forte com um sabor único. Apesar do preço exorbitante dela aqui no Brasil, devido ao câmbio mas principalmente por causa do roubo estatal, é uma birita que vale a pena experimentar nem que seja uma vez na vida..

Prêmios

Até o momento, a Tripel Karmeliet recebeu os seguintes prêmios:

  • World Beer Awards 2008 – “World Best Ale”, “World Best Pale Ale”, “World Best Abbey Ale (Pale)”
  • World Beer Cup 2002 – Prata na categoria melhor Tripel Belga
  • World Beer Cup 1998 – Ouro na categoria melhor Tripel Belga

Atenção: Esta resenha está sujeita a ficar desatualizada com o tempo, pois nada impede que a qualidade do estabelecimento, produto ou serviço se altere eventualmente. Fique atento à data da publicação e sinta-se livre para complementar ou corrigir o texto nos comentários. O Bolonha agradece desde já!