Review da cerveja Remorso da Krug Bier

Hoje, venho trazer pra você o review da cerveja Remorso, uma boa russian imperial stout da Krug Bier, forte, escura e bem carbonatada. O texto não é de nossa autoria, mas do LichKing, e, por isso, foge um pouco do nosso esquema aqui. Eu adaptei alguma coisa ou outra e, se possível, vamos mandar um vídeo dela no nosso canal também.


Como eu estava de bobeira neste domingo de manhã e, sendo um bom alcoólatra, resolvi experimentar alguma cerveja nova. Como ia beber só uma garrafa, escolhi uma da mesma linha da Inocência, uma excelente nacional que eu fiz o review também.

Desta vez, peguei a Remorso, uma russian imperial stout forte, escura e muito carbonatada, de 9% de graduação alcoólica e que, segundo o rótulo, harmoniza com carnes assadas, queijo grana padano e petit gateau. A temperatura ideal é de 7 graus e tem amargor IBU 54, também segundo eles. Ou seja, fica cerca de 10 pontos a mais que as pilsens mais amargas, mas também nada absurdo.

Abaixo, segue minhas curtas considerações sobre cor, sabor, corpo

  • Tem uma cor bastante escura e fosca, como se fosse um café muito concentrado, só que com gás;
  • O aroma é bem suave. Não sei se é porque meu nariz estava ruim no dia, mas quase nem senti cheiro direito além de um vago aroma que remete ao próprio sabor da breja;
  • A Remorso tem um suave sabor de café, o que combina com a sua aparência. É meio doce no inicio, mas nada num nível de uma bock, apesar de ambas serem cervejas de cor preta. Ela deixa a boca levemente amarga depois dos goles;
  • A cerveja balanceia o seu amargor de modo a descer bem suave, mas sem perder corpo. Tem muita espuma, mesmo bem gelada. Tem que servir com cuidado pra não virar sorvete.

No geral, a Remorso vale a pena pra quem procura este tipo de cerveja. Achei a Inocência ainda melhor, mas pra variar, foi uma boa compra. O preço é alto, mas ainda estava na media para brejas deste tipo quando tomei pela última vez.

Atenção: Esta resenha está sujeita a ficar desatualizada com o tempo, pois nada impede que a qualidade do estabelecimento, produto ou serviço se altere eventualmente. Fique atento à data da publicação e sinta-se livre para complementar ou corrigir o texto nos comentários. O Bolonha agradece desde já!

Avaliação da cerveja Corja Brew .38

Fizemos a avaliação da cerveja Corja Brew .38, uma American Pale Ale (APA) de alta fermentação, puro malte, extra clara, com 5,25% de graduação alcoólica e 38 IBU (“International Bitterness Units”, ou Unidades Internacionais de Amargor).

Sediada em Belo Horizonte (MG), a Corja Brew fabrica suas cervejas e chopes em Capim Branco, também em Minas. Parece que começaram as atividades a pouco tempo, em meados de 2017, e já está tudo bem arrumadinho.

A Corja Brew .38 foi também o assunto do sexto vídeo da nossa série Bolonha Birita, que explora bebidas em geral, onde experimentamos e apresentamos esta APA:

A Corja Brew. 38 se apresenta, de acordo com o seu rótulo, como uma “APA da escola americana com fermentação alta, espuma cremosa de média duração, cor levemente cobre e brilhante. Corpo médio e seco, amargor moderado de lúpulo e aroma cítrico. Harmoniza muito bem com refeições ligeiras como pizzas e burgers.” O rótulo é bem feito, interessante e também é honesto, pois a Corja Brew .38 não tenta se vender como algo que ela não é, apesar de algumas de nossas considerações não sejam exatamente as mesmas:

  1. A .38 tem cor amarela bem forte, quase alaranjada, ou melhor, um caramelo bem fosco. Talvez, sob determinada iluminação, fique mais evidente a cor de cobre citada. É também bastante carbonatada e a espuma é realmente cremosa. Ela sobe mesmo se a cerveja estiver gelada, o que não é algo ruim, pois o colarinho serve para preservar o sabor da bebida.
  2. O aroma também é realmente bastante lupulado, agradável, embora eu não tenha sentido algo muito cítrico. Bem de longe, dá para sentir uns traços metálicos.
  3. O sabor da Corja .38 acompanha o aroma na medida do lúpulo, mas tem um sabor bem cítrico. Eu achei bastante ácida, lembrando um vinho seco, algo que eu aprecio muito, enquanto um amigo nosso sentiu um sabor de laranja que ele disse ser agradável e o Bolonha achou muito azeda. Vale notar que este sabor bastante cítrico não tem nada a ver com aquele gosto enjoativo de capim limão que a Wäls coloca na maioria das suas cervejas. Da segunda vez que eu experimentei a Corja .38, no entanto, achei que a acidez estava mais equilibrada e a cerveja estava melhor ainda. Não sei dizer se foi o dia ou se eles melhoraram na produção;
  4. Na boca, a cerveja deixa o seu amargor, e achamos bem leve para uma cerveja de alta fermentação, embora seja certamente mais encorpada do que cervejas populares como Itaipava, Sol, Heineken etc. Diria que é um corpo médio quase pra leve.
  5. Conclusão: Apesar que estávamos com o paladar enviesado no dia e a recepção não foi unânime (2 a favor e 1 contra), eu vou recomendar a Corja Brew .38, especialmente para quem gosta de bebidas mais secas e com sabor mais cítrico. Ainda não sei o preço pra dizer se vale a pena, mas tenho visto muita gente já bebendo dela e dando boas notas por aí.

Saiba mais

  • Corja Brew – Site oficial da cervejaria, onde você pode obter mais informações, contato e saber em quais estabelecimentos as Corja Brews estão sendo servidas.
  • Fanpage no Facemerda – Pra quem gosta de acessar essa rede social lixo.

Atenção: Esta resenha está sujeita a ficar desatualizada com o tempo, pois nada impede que a qualidade do estabelecimento, produto ou serviço se altere eventualmente. Fique atento à data da publicação e sinta-se livre para complementar ou corrigir o texto nos comentários. O Bolonha agradece desde já!

Review da cerveja 1795

Fizemos o review da 1795, uma lager que é produzida na cidade de Budweis, uma região da República Tcheca que é referência mundial e origem deste tipo de cerveja há mais de 700 anos. A 1795 é fabricada pela První Budějovický Pivovar Samson (algo como Budweiser Citizens Brewery), a mais antiga cervejaria da região, que produz e prepara seu próprio malte e utiliza o famoso lúpulo de Saaz e água de fonte própria retirada de mais de 270 metros abaixo da terra.

Aliás, o assunto do Bolonha Birita 5 foi justamente a 1795, esta interessante lager checa:

A 1795 é uma das biritas importadas que eu, o Facínora, conheci primeiro e mais recomendo para quem quer uma lager de qualidade e não está acostumado com alguma cerveja de alta fermentação, que costumam ser mais encorpadas.

Podemos apresentar a 1795 brevemente como uma refrescante lager com teor alcoólico de 4.7%, de coloração dourada e apresentando aromas doces, de pão ou biscoito combinados com o lúpulo, mas fizemos também uma análise mais minuciosa sobre a breja:

  1. Cor: Dourada, clara e limpa. Tem colarinho pequeno com baixa retenção, sumindo rapidamente.
  2. Aroma: Combina um pálido aroma de malte meio adocicado ou floral como baunilha ou biscoito e lúpulo herbal, o tal Saaz. Diria que o malte também tem aroma que lembra alguns tipos de pães.
  3. O sabor da 1795 de acordo com o seu aroma. Um malte adocicado com lúpulo herbal. Tem um amargor moderado mas persistente de lúpulo que combina com o corpo leve de uma lager e breves sinais de minerais metálicos.
  4. Na boca, ela deixa o seu amargor e o sabor de biscoito (ou pão) por um bom tempo. A carbonação é moderada ou leve, dependendo do que você está acostumado e é uma cerveja leve e refrescante, mas caso você esteja acostumado com apenas as carniças populares brasileiras de sempre (Brahma, Itaipava, Budweiser), pode ser que a considere pesada.
  5. Conclusão: Muito apreciável. Uma excelente lager, mas pode ser fraca para quem gosta de cervejas de alta fermentação, embora mesmo assim não possa ser considerada ruim. É uma cerveja muito popular e produzida em massa na República Checa. Imagina se fosse barata aqui também?

Harmonização

Não entendo muito de harmonização, mas fiz uma breve pesquisa e, segundo consta, a 1795 é ideal para acompanhar pratos condimentados advindos de culinárias tipo tailandesa, indiana ou chinesa. Também pode ser apreciada com peixes e saladas. Vou experimentar com comida mexicana e encher com a nossa pimenta Beijo Grego, mas, na real, dá pra beber em qualquer ocasião, até com churrasco ou pipoca, sei lá.

Atenção: Esta resenha está sujeita a ficar desatualizada com o tempo, pois nada impede que a qualidade do estabelecimento, produto ou serviço se altere eventualmente. Fique atento à data da publicação e sinta-se livre para complementar ou corrigir o texto nos comentários. O Bolonha agradece desde já!