Cobra Kai, a série que continua The Karatê Kid 30 anos depois

Vou deixar aqui uma pequena resenha do Cobra Kai, a série que continua The Karatê Kid e estreou no dia 2 de maio de 2018 no YouTube Red, o serviço de streaming desta plataforma de vídeos, 34 anos depois do original. O review foi feito baseado na primeira temporada da série.

Criada por Robert Mark Kamen (o mesmo escritor dos três primeiros filmes da franquia) e contando com pelo menos três atores originais, Cobra Kai conta os eventos que decorrem depois que Johnny Lawrence (William Zabka) reabre o antigo dojo de caratê Cobra Kai, levando à retomada da sua antiga rivalidade com Daniel LaRusso (Ralph Macchio). A série, que já garantiu a renovação para sua segunda temporada, foi o assunto do sexto vídeo do nosso Cine Clube Bolonha de Cinema:

Como fundo do vídeo, temos o Doom II junto com alguns mods para ilustrar tudo. Esta partida será continuada no Cine Clube Bolonha de Cinema 7. Obtenha os links para download e mais informações destes mods aqui.

The Karatê Kid, o filme original

Para quem não conhece, Karatê Kid é um filme de artes marciais e drama lançado em 1984 que conta a história de Daniel LaRusso, um jovem que se muda para outra cidade e começa a sofrer bullying de Jonnhy Lawrence, um praticante de caratê de um dojo comandado por um sensei sociopata, Kreese. Um dia, quando cercado pelos amigos de Johnny, ele é salvo pelo Sr. Miyagi, um veterano japonês da Segunda Guerra Mundial que também era um experiente mestre de caratê. Desejoso de aprender os segredos desta arte marcial, até mesmo para se defender, Daniel convence Miyagui a lhe dar aulas cujos ensinamentos não apenas o fazem derrotar Johnny no campeonato, mas acabam por transformar-se em lições de vida.

Bastante popular na época e icônico, apesar de algumas cafonices que são zuadas até hoje, o filme foi dirigido por John G. Avildsen, escrito por Robert Mark Kamen e estrelado por Ralph Macchio, Noriyuki “Pat” Morita, Elisabeth Shue, William Zabka e Martin Kove (o Ericson, do Rambo II). Assim como o sucesso anterior de Avildsen, Rocky (1976), é uma história underdog, inclusive com a trilha sonora sendo de autoria do mesmo compositor deste grande clássico, Bill Conti. The Karatê Kid rendeu três sequências The Karate Kid Part II (1986), The Karate Kid Part III (1989) e The Next Karate Kid (1994) e um remake em 2010 com o Jackie Chan.

Resenha

Enfim, como já liberaram os 10 primeiros episódios, estilo o que fazem com algumas séries do Neflix tipo Stranger Things, já assisti tudo e posso garantir que a série não tem nenhuma espécie de lacração nem forçação de politicamente correto, pelo menos nesta primeira temporada. Pelo contrário, tem umas tiradas histericamente engraçadas. especialmente envolvendo Johnny, protagonista do Cobra Kai que é quase uma mistura de Al Bundy (Married… with Children) e Sledge Hammer (do seriado homônimo), sem medo de falar o que pensa, não liga para modismos e muito menos frescuras.

Aliás, a série foca mais em Johnny do que no Daniel, embora os dois sejam definitivamente os principais em Cobra Kai, mostrando o drama pessoal do primeiro ao lidar com os novos desafios, seu passado e seus demônios pessoais. Também mostra o lado obscuro de Daniel, que também parece não ter exatamente superado o rancor de Johnny por ter sido cobaia dele na época da escola.

É curioso como os papéis se invertem em sentidos praticamente opostos em Cobra Kai. Enquanto Johnny era o playboy valentão da escola, sendo “do mal”, Daniel era socialmente excluído, visto como fracassado e o mocinho da história. Já na série, Johnny tem o mesmo carro que tinha no segundo grau (no estilo Al Bundy) e passa por dificuldades financeiras (estilo Al Bundy), ao passo que Daniel é bem sucedido, dono de uma lucrativa concessionária e pai de uma família bem estruturada com uma bela esposa e um casal de filhos. Também, na medida em que Johnny não apenas tem o desejo de superar as adversidades e corrigir erros do passado, mas também de ajudar as pessoas ao seu redor (ensinando Caratê pros moleques enfiarem a porrada nos valentões da escola, por exemplo), fica evidente que ele é, no fundo, um sujeito de boa índole. Já Daniel, que seria aquele rapaz simples e injustiçado, começa a série esfregando seu sucesso na cara do antigo rival como forma de se mostrar superior, e ainda dissimulando isso sob uma máscara de bem feitor, deixando também transparecer seus defeitos e inclinações ruins. Dito isso, eu não diria que Daniel seria exatamente o antagonista do Cobra Kai (embora dizer o contrário esteja virando meme). Ele não é um mau sujeito, só não é nenhum santo. Ou seja, os dois velhos rivais são homens comuns que tentam fazer o bem a sua maneira, mas cometem erros quando se deixam levar pela natureza corrompida do ser humano.

Outra coisa é que você não deve esperar muita ação e porrada em Cobra Kai. Tem ação e porrada, como no primeiro filme, mas, como no primeiro filme, isto não é exatamente o foco. A primeira temporada se concentra mais na dinâmica que eu tentei descrever no parágrafo anterior, sendo mais um drama com tema de artes marciais do que uma série de pancadaria propriamente dita, o que também não significa que seja melodramática, como novela mexicana ou essas coisas de bazingueiro tipo Arrow cheias de choradeira e frescura. Pelo contrário e como já dito, Cobra Kai apresenta muitos elementos cômicos e quase nada de enrolação.

Embora nada no nível de um filme do Boyka ou um Ong Bak, e não muito frequentes, as cenas de artes marciais são legaizinhas e bem decentes, embora tenham algumas coisas que até eu que não sou praticante de caratê posso dizer que são meio forçadas. Não creio que nesta arte marcial, alunos com poucos meses de treino viram faixas-pretas. Também, não me parece verossímil que num campeonato oficial seja permitido lutar de óculos, sem distinção de categoria e podendo transformar as lutas em algo parecido com roda de capoeira. De qualquer maneira, isto não destoa muito do Karatê Kid que não primava muito pela técnica neste quesito. Inclusive, o ator que interpretou o grande sensei Sr. Miyagi, o finado Pat Moritta, nunca tinha praticado caratê antes na vida, diga-se de passagem.

O elenco, além dos atores originais, promove personagens cativantes. Tem alguns clichês, mas notei que praticamente todos os principais são explorados na  medida certa, apenas no necessário para contribuir pro enredo primário. Ou seja, sem descambar para choradeira e palhaçada pra encher linguiça.

Outro ponto que vale a pena citar é a nostalgia. Cobra Kai tem diversas referências ao filme de 1984 e outros elementos retrô, mas não é nada exagerado nem piegas. Pelo contrário, é tudo usado com parcimônia e dentro de um contexto, nada que agradaria esses hipsters de merda metidos a old school.

Enfim, o Facínora recomenda a série Cobra Kai. Pelo menos a primeira temporada dá para falar com segurança. Vale a pena assistir antes que fique muito famosa e comecem a encher o saco falando dela toda hora, o que acaba dando dando birra na gente.

Trailer

Saiba mais

Como fundo do vídeo do Cine Clube Bolonha de Cinema 6, eu joguei o Doom II (GZDoom) com os seguintes mods: Combined Arms, Brother in Arms, Brutal Doom Monsters Only e Maps of Chaos. Como eu já disse, esta partida será continuada no Cine Clube Bolonha de Cinema 7.

Resenha do Bella Venezia Café e Pizza

Gostaria de compartilhar a resenha que eu fiz sobre a Bella Venezia Café e Pizza, uma aconchegante cafeteria que serve pizzas, lanches diversos, pratos feitos, sucos e cafés. O Bella Venezia Café e Pizza é localizado no bairro Funcionários, em Belo Horizonte, dentro do Hospital Lifecenter.

O lugar é bem arrumadinho sem pretensioso nem coisa de hipster mongolão. De fato, o Bella Venezia Café e Pizza é muito agradável e arejado, com uma decoração busca adaptar o estilo dos cafés de Veneza, algo mais clássico e requintado. Aliás, o sotaque italiano de um dos donos confirma a autenticidade e que não é alguma modinha que algum zé mané viu em série de TV. Continuar lendo Resenha do Bella Venezia Café e Pizza

Atenção: Esta resenha está sujeita a ficar desatualizada com o tempo, pois nada impede que a qualidade do estabelecimento, produto ou serviço se altere eventualmente. Fique atento à data da publicação e sinta-se livre para complementar ou corrigir o texto nos comentários. O Bolonha agradece desde já!

Resenha e recomendação da Capotaria Fama

Gostaria de deixar aqui a minha resenha e fazer a recomendação da Capotaria Fama para o público belo-horizontino, visto que é uma capotaria que é situada no Bairro Prado, uma das regiões mais tradicionais da cidade. Faço a ressalva que eu não sou especialista nestes tipos de serviço, mas fiquei extremamente satisfeito em todas as vezes que fui lá.

Então, o banco do meu carro quebrou e me recomendaram procurar uma capotaria, só não me falaram nem onde nem nada. Daí, procurei por alguma próxima aos bairros que eu tinha conhecimento e, como uma ex-namorada minha morava no Prado, eu já sabia onde a capotaria que eu achei seria mais ou menos, pois esta Rua Esmeralda tem uns barzinhos eu já conhecia. Então, foi questão de passar lá num final de semana, dar uma bicada pra ver o lugar, pegar telefone e ligar na segunda-feira pra ver se ele lidava com este problema, como iríamos fazer e tal.

Passei lá de manhã, pois este tipo de serviço certamente seria demorado e deixei o carro lá com o Amaury, quem parece ser dono (ou gerente) do lugar. Ele também consertou uma borracha que estava soltando na porta, que inclusive outra ex-namorada minha ficava reclamando que ficava ventando nela, no banco do passageiro. Quando voltei no horário combinado, tava tudo conforme o esperado.

Mais ou menos uns 3 ou 4 anos depois, o banco tornou a quebrar e eu tornei a levar lá. O preço para consertar o banco ainda valia bem mais a pena do que comprar um novo e, se durasse mais quatro anos de novo, tava tranquilo. Na primeira vez, ele instalou um banco que tava sobrando lá, daí eu pude girar com o veículo enquanto deixava apenas a peça para o conserto. Da segunda vez, eu tive que deixar o carro lá e este é o único inconveniente que eu achei.

O lugar é bem simples e tosco, o que é tradicional nos pequenos estabelecimentos automotivos de bairro da cidade, então não espere muito conforto se quiser esperar por lá. Por outro lado, a Capotaria Fama se encontra numa região que, embora muito mal tratada, me traz muito bem estar, com árvores fazendo sombras, umas construções que parecem antigas e lojas simples e nada pretensiosas. Então, se você estiver precisando de uma sugestão de capotaria, dá uma ligada pra Fama, combina com o cara direitinho e aproveita pra dar uma passeada a pé, enquanto procura alguma lanchonete e tomar um café antes ou depois de deixar essa ximbica sua pra arrumar lá. Aliás, dependendo do horário, você pode até passar ali no Agosto, que é um botequim excelente que fica na mesma rua, embora eles fiquem com umas maconheirices SJW no Facebook, às vezes.

Não lembro muito do preço do serviço, mas eu sei que não é tipo mixaria não. Entretanto, acho que está na média. Também creio que são bastante honestos e competentes. O Amaury não se propôs a realizar serviços que ele não entende e nem ficou procurando outras coisas no carro que supostamente precisariam de reparos. Claro que esta foi apenas a minha experiência lá e eu sei de estabelecimentos automotivos que eram de confiança, mas depois começaram com palhaçada (que nem aquela Lafer), mas como a Capotaria Fama é um lugar pequeno e o dono tá sempre ali dando a cara a tapa, acho que isto não deve acontecer tão facilmente.

Saiba mais

  • Capotaria Fama no iBeloHorizonte – Com mais informações sobre o estabelecimento.
  • Endereço: Rua Esmeralda, número 41, Bairro Prado – Belo Horizonte/MG, CEP: 30411-137.
  • Telefones: (31) 3291-7017 | (31) 99978-9534 | (31) 3383-5797.

Atenção: Esta resenha está sujeita a ficar desatualizada com o tempo, pois nada impede que a qualidade do estabelecimento, produto ou serviço se altere eventualmente. Fique atento à data da publicação e sinta-se livre para complementar ou corrigir o texto nos comentários. O Bolonha agradece desde já!