Resenha do Renato Burger

Outro dia, fui finalmente conhecer o Renato Burger. O legítimo, não o Renato Fine Burguer, X-Tudo ou o Sanduíche do Renato*, mas a atual casa do próprio Renato Soares, o lendário chapista que deu seu nome a um dos mais, senão o mais dos icônicos trailers de sanduíches da cidade de Belo Horizonte. Esta aqui, portanto, é a minha resenha sobre o Renato Burger.

De cara, gostei do espaço físico. Relativamente amplo e confortável, não tanto como quando era no Sanduíche do Renato, mas bem melhor que do Fine Burguers e de outros excelentes estabelecimentos como o Komilão Prudente. As mesas e cadeiras são firmes, não ficam bambeando e nem são apertadas, tem uma TV boa que dá pra ver jogo (pelo menos, no dia que fui, estava passando), e não tem musiquinha nem outras coisas que só servem pra aporrinhar. Achei um pouco abafado, só. O ventilador parecia potente, mas estava apontado pro balcão, certamente pra aliviar o calor da chapa quente pros funcionários. Justo.

Pedi um x-tudo, que é o que eu sempre peço nestas lanchonetes que seguem a escola do Renato (o que inclui o próprio X-Tudo da Contorno) pra comparar com minhas memórias. Demorou um pouco pra sair, mas nada que seja irritante. E é bem servido, como se pode ver na foto abaixo:

Entretanto, o x-tudo não é tão bom como me lembrava, especialmente se comparado ao Sanduíche do Renato, lugar que Soares comandava anteriormente logo quando retornou à Belo Horizonte (agora fechado). Não sei especificar o porquê. Talvez o chapista tava de má vontade, em treinamento, ou mudou os ingredientes… Só sei que não era extremamente saboroso como era o sanduba que eu comia com dó, pois, a cada mordida, sabia que estava mais próximo do fim. Tinha alguma coisa meio sem gosto também, acho que era o frango desfiado. Dito isso, não estava ruim de modo algum, só não estava tão bom como lembrava.

Pretendo voltar lá e tirar a prova. Só esperar esse lixo desse carnaval passar, pois estes podrões ficam sempre cheio da ralé que vai invariavelmente infestar esses lugares depois de queimar o filme na folia, enchendo o raio do saco e emporcalhando tudo. É a famosa larica. Depois de encher a cara de catuaba e a boca de linguiça de inúmeras procedências, as foliãs ficam com fome e falam pros cucks que acham que são imunes a DST levarem elas nestas lanchonetes que servem uns rangos mais pesados e pagar as contas delas.

Mas isto é outro assunto. O preço era o esperado: caro, como tudo na região, mas sem ser exorbitante como está no X-Tudo, chegando a diferença de quase 10 pratas de um lugar pra outro. E tudo vem em bisnaga, nada de sachê nojento (sachê é coisa de FDP). O atendimento achei tranks também e você pode comer primeiro e pagar depois, ao contrário da frescurada que arrumaram em outros lugares. Enfim, o podrão não estava tão bom como era antes, mas vou voltar no Renato Burger com certeza, até mesmo pra tirar a dúvida. Se mudar de ideia, eu e complemento aqui, mas, por enquanto, perde em espaço e rango pro Sanduíche do Renato, mas ganha nos molhos e condimentos, pelo fato de vir tudo em bisnaga.

*Todas estas casas são ou foram boas, mas todas são forks do trailer original Renato Burger que ficava na Contorno, em frente à Igreja Santo Antônio. A história é interessante. Depois eu conto.

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Atenção: Esta resenha está sujeita a ficar desatualizada com o tempo, pois nada impede que a qualidade do estabelecimento, produto ou serviço se altere eventualmente. Fique atento à data da publicação e sinta-se livre para complementar ou corrigir o texto nos comentários. O Bolonha agradece desde já!

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